
"Tu não és ainda para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos. E eu não tenho necessidade de ti. E tu não tens também necessidade de mim. Não passo a teus olhos de uma raposa igual a cem mil outras raposas. Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás para mim único no mundo. E eu serei para ti única no mundo... "
O príncipe e a raposa.
Este pequeno teve que partir. Lágrimas de uma raposa que tinha se deixado cativar por um príncipe que tinha uma rosa e que a julgava igual a outras cem mil rosas sem saber que foi o tempo que ele perdeu com a rosa, que a fez tão importante.
A tola raposa, com a esperança de ver de novo o principezinho, manda-lhe uma carta que falava de um amor, que por medo, deixou de ser revelado. O tempo passa e eles se reencontram, eis aqui então o último diálogo entre um príncipe e uma raposa:
- Recebestes minha carta?
- Que carta? - Pergunta o príncipe um pouco confuso.
- Bem... Uma carta que falava de um amor que eu sempre escondi.
- Essa carta nunca chegou - Responde o príncipe. Até hoje ninguém consegue descrever o modo de como os dois se olhavam, estava além das palavras...
Eram apenas um príncipe e uma raposa que por medo de um amor constante, se afastaram. Por causa de uma carta não recebida, o amor sumiu. Não se sabe por quanto tempo eles vão continuar distantes, nem mesmo se algum dia vão se ver novamente.
Enquanto isso, ficarei eu escrevendo cartas e mais cartas para um príncipe, e estas nunca serão recebidas, mas não porque tive medo de enviá-las. Talvez o príncipe simplesmente tenha se esquecido das cartas, ou então que " Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. "
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Não entendo e nem você entende. Na verdade até hoje ninguém consegue entende porquê que o príncipe e a raposa se afastaram. Quisera eu, encontra a resposta em metáforas ou então em livros de pequenos príncipes, só que a resposta está em alguma carta, talvez esteja escrita em uma carta e eu tenha medo de abri-la. Talvez seja porque o príncipe e a raposa sejam como a rosa, orgulhosos demais para assumir de que foram cativados e de que se tornaram únicos um para o outro...
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Eu não te deixarei
Raposa.
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