Chuva

O cheiro de chuva invade o meu quarto e aquela sensação de alegria vem junto...

Aquele desejo de... Não sei. Talvez aquela vontade de... Também não sei. É só aquele desejo, aquela vontade que faz bem, vontade de ficar sentada no sofá, coberta por um cobertor enorme e aquele sorriso no rosto. Como se o cobertor fosse nos proteger de algo a mais além do frio. É até divertido, como se fosse uma criança brincando de esconde-esconde.

Será que a chuva vai acabar? Não sei, ela tá tão incerta nesses tempos. E quanto mais a chuva cai, mais eu tenho a certeza de que é você. Dentre tantos outros foi você, aquele mudou toda a minha rotina de pensamentos e incertezas.

O vento... A chuva... A chuva... O vento... A raposa...

A raposa! "Mas se tu me cativas, teremos necessidade um do outro, tu serás para mim único no mundo e eu... "

Ora, quem sou eu afinal? " As flores são fracas. Ingênuas. Defendem-se como podem. Elas se julgam terríveis com os seus espinhos... "

As estrelas, são todas luminosas "não será para que cada um possa um dia encontrar a sua?"

Você me contava histórias de um pequeno príncipe e eu me parecia com a rosa e você com a raposa queria que alguém a cativasse, sonhávamos acordados algo real. Bons tempos esses, em que pequenos príncipes, rosas orgulhosas e raposas podiam ter suas estrelas.

E eu mais uma vez lembro do que raposa falou, "Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas. Tu és responsável pela rosa..."

Ãnh? O que um momento de chuva não faz com as pessoas...

Chuva?

Não. O vento... A chuva... A chuva... O vento... O vento... A chuva... A chuva... Você... A chuva... O Vento... A chuva... Príncipes... O vento... A chuva... As rosas... O vento... A chuva... Estrelas... A chuva... O vento.... Raposas... O vento... A chuva... A chuva... O vento... O amor.